Durante muitos anos acreditou-se que a herança genética era o principal
responsável pelo desenvolvimento do câncer. Atualmente existe uma ciência
conhecida como epigenética, termo que se refere a “além ou acima da
genética”. Esta ciência nos prova que é possível termos mudanças reversíveis
e herdáveis no genoma funcional sem alterar a sequência de nucleotídeos do
DNA. Em miúdos, ela nos traz que independente da herança genética herdada
de pai para filho, somos capazes de modular a expressão dos genes através
dos nossos hábitos de vida. Embasado pelo que há de mais atual na literatura
científica, a genética representa apenas 10{38daca63331c1b4c3153deb733e3b90a2d84c598910130c407bc908db2a28b64} das probabilidades em
desenvolvimento do câncer, os outros 90{38daca63331c1b4c3153deb733e3b90a2d84c598910130c407bc908db2a28b64}, são representados por fatores
externos.
Imagine o seguinte cenário: Mulher de 40 anos de idade, obesa, empresária,
mantêm-se estressada há anos, usuária de contraceptivo oral por mais de 10
anos, tabagista, apresentou menarca precoce (primeira menstruação) com
importante histórico familiar de câncer de mama. Graças a campanha do
Outubro rosa, ela nos procura para um check up. Após uma extensa anamnese
e detecção de uma série de fatores de risco, solicitamos exames laboratoriais
genéticos para detecção de polimorfismos genéticos. De acordo com os
resultados, esta paciente apresenta alta probabilidade para o desenvolvimento
de câncer de mama, pois apresenta mutações nos genes BRCA1 e BRCA2
(genes responsáveis pelo CA Mama).
A partir do nosso conhecimento acerca da epigenética é possível realizar um
tratamento individualizado a fim de evitar a expressão destes genes mutáveis e
por conseguinte reduzir a probabilidade do desenvolvimento do câncer.
• Obesidade, principalmente após a menopausa;
• Sedentarismo;
• Uso de contraceptivos orais;
. Péssimos hábitos alimentares
. Stress,
• Consumo excessivo de bebida alcoólicas;
• Exposição frequente a radiações ionizastes (RX)
• Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos;
• Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
• Não ter tido filhos;
• Primeira gravidez após os 30 anos;
• Não ter amamentado;
.Tabagismo
• História familiar de câncer de mama e ovário, principalmente em parentes de
primeiro grau antes dos 50 anos;
• Detecção de genes mutáveis/polimorfirmos da família BRCA ( BRCA 1 e BRCA 2)
• Atividade física regular,
• Alimentação saudável regular: principalmente as crucíferas (couve-flor, couve
de Bruxelas, rabanete, brócolis)
• Suplementação de agentes antioxidantes específicos, por exemplo o indol-3-
carbinol, resveratrol, omega-3, vitamina D, entre outros individualizados…
• Atenuação do stress: Mindfulnes, Yoga, entre outras práticas…
• Boa higienie do sono
• Amamentação adequada