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BIOIMPEDANCIOMETRIA: PRINCÍPIOS BÁSICOS

BIOIMPEDANCIOMETRIA: PRINCÍPIOS BÁSICOS<
13/03/2018

O princípio básico da técnica de bioimpedância elétrica (BIA) voltada à análise da composição corporal baseia-se nos diferentes níveis de condução elétrica dos tecidos biológicos expostos a várias frequências de corrente. Nesse caso, pode-se comparar o corpo humano a um circuito elétrico composto por uma resistência (água e massa livre de gordura) em série com um condensador (membranas celulares e gordura). Os fluidos intra e extracelulares comportam-se como condutores, enquanto as membranas celulares atuam como elementos capacitantes ou condensadores. Dessa forma, com essas informações sua interpretação pode estimar:

 

  • Quantidade de água corporal total: intra e extra celular
  • Proporção de massa muscular livre de gordura distribuída por segmentos
  • Percentual de gordura corporal total e segmentar
  • Estimativa do peso ideal
  • Taxa metabólica basal
  • Índice de Massa Corpórea (IMC)
  • Diagnóstico de obesidade
  • Plano de Atividade Física
  • Gráfico com histórico de composição corporal

 

 

A partir destes dados é possível uma melhor estratégia para chegar aos objetivos propostos pelos profissionais da clinica. Aqui no Instituto Bonvivere utilizamos a BIA inbody 270, uma máquina de tecnologia japonesa que nos traz o que há de mais preciso e atual no mercado de bioimpedância. Quanto às restrições de uso da técnica de BIA, não se conhece atualmente efeitos adversos, embora deva-se levar em conta que pode afetar a atividade elétrica de marcapassos e desfibriladores, bem como oferecer prejuízos no período gestacional.

O procedimento é rápido, confiável e indolor, na qual o paciente deverá passar por uma avaliação antropométrica (estatura), em seguida, posicionar os calcâneos na área demarcada sob a base da Bioimpedância, segurar as hastes do aparelho com os braços estendidos à frente, formando um ângulo de 90º com o tronco, com ambas as mãos sobre os elétrodos, para que a corrente elétrica possa percorrer pelo o corpo todo.

 

Benefícios

  • Método não invasivo
  • Livre de radiação
  • Prático, Rápido e Indolor
  • Resultado baseado 100% na tecnologia InBody (Todos os dados dependem apenas dos valores de impedância obtidos, não sendo alterados pelo sexo ou pela idade).

 

Considerações para realizar uma BIOIMPEDANCIOMETRIA EFICAZ COM RESULTADO FIEL:

  •  Não ter feito uso de medicamentos diuréticos nos últimos 7 dias; 
  •  Manter-se em jejum por pelo menos 3h; 
  •  Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas últimas 48h;
  •  Ter-se abstido da prática de exercício físico intenso nas últimas 24h;
  •  Urinar pelo menos 30 min antes do exame;
  •  Manter-se pelo menos 8-10min em repouso absoluto em posição supina antes de se efetuar a medida.

 

Além desses cuidados, a característica e calibração do equipamento, posição do corpo, nível de hidratação do indivíduo e ingestão de alimentos, temperatura ambiente e cutânea podem apresentar alguma influência na qualidade das medidas. Alterações significativas na condutibilidade da corrente elétrica também podem ocorrer em função do uso de vestimentas mais pesadas e de peças de metal (brincos, relógios, pulseiras, anéis, etc.), por isso é importante retirá-los. Vale ressaltar também que próximo à ovulação, as mulheres tendem a apresentar maior retenção de líquidos.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

  1. Prado CM, Wells JC, Smith SR, Stephan BC, Siervo M. Sarcopenic obesity: A critical appraisal of the current evidence. Clin Nutr. 2012; 31(5):583-601. doi: 10.1016/j.clnu.2012.06.010.
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  3. Lutoslawska G, Malara M, Tomaszewski P, Mazurek K, Czajkowska A, Kêska A, et al. Relationship between the percentage of body fat and surrogate indices of fatness in male and female. Polish active and sedentary students. J Physiol Anthropol. 2014; 33(1):10. doi: 10.1186/1880-6805-33-10.
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  6. Elder SJ, Roberts SB, McCrory MA, Das SK, Fuss PJ, Pittas AG, et al. Effect of body composition methodology on heritability estimation of body fatness. Open Nutr J. 2012; 6(1):48-58. doi: 10.2174/1874288201206010048.
  7. Lafortuna CL, Maffiuletti NA, Agosti F, Sartorio A. Gender variations of body composition, muscle strength and power output in morbid obesity. Int J Obes Relat Metab Disord. 2005; 29(7):833-41
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  9. Wagner DR, Heyward VH. Techniques of body composition assessment: A review of laboratory and field methods. Res Q Exerc Sport. 1999; 70(2):135-9.
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